terça-feira, 14 de abril de 2015

Frustração

(de Amigaço)

Que inferno de vida! Nada do que se planeja acontece da forma como foi por nós planejado.
Ela estava mesmo precisando comprar um novo guarda-roupa e ao passar em frente à loja se encantou com o preço muito barato exposto no mostruário.

Mais encantada ficou ainda ao saber que o negão que montava a mercadoria na casa da freguesa era o Miltão.
O Miltão fora um dos primeiros namorados que teve e terminaram porque papai escorraçou-o de frente do portão, pois não admitia um negão na família.

Preconceito puro. Imbecilidade total. Pois o Miltão jamais saiu da sua cabeça, mesmo após dois anos de casamento com o Rufino. E não lhe saiu da mente porque já nos primeiros encontros que tiveram, no escuro, entre apalpadelas, ele a fez sentir o que ganharia de brinde se casasse com ele, apesar de ser tão pobre e, na época, desempregado.

Costumavam se bolinar no corredor lateral da casa onde ela morava, de noite, no escurinho, entre o medo de ser surpreendida brincando com aquela coisa enorme e a bocetinha então virgem sendo coçada pelos seus dedos espertos.

Depois que se casou, ele simplesmente não a procurou mais, como se nem se interessasse tanto assim pelo seu destino de garota honesta e compromissada.

Portanto, depois de preencher os papéis para o cadastro do crediário, ela discretamente se aproximou dele e perguntou-lhe se poderia montar ( o guarda-roupa ) em sua casa naquela tarde.

Estaria sozinha naquela hora, pois seu marido só chegava do empório lá pelas seis horas da tarde e teria a oportunidade de, talvez quem sabe, apreciar novamente o caralho inesquecível do Miltão.

Pois quando chegou a mercadoria na caminhonete que fazia a entrega da loja, ficou muito irritada ao perceber que o Miltão não viera sozinho. Junto, o motorista da caminhonete desceu para ajudar a descarregar as peças que formavam o guarda-roupa. Era um velho muito feio e branquelo. Assim, logo perdeu a esperança de ficar a sós com o negão.

Ofereceu-lhes um copo de licor de jurubeba que havia comprado na feira e os dois beberam umas duas doses cada. Finalmente o velho, desacorçoado com a demora e a lentidão com que o montador trabalhava, perguntou-lhe se ainda demoraria muito, pois havia outras entregas a serem feitas.

O Miltão respondeu que sim e que se ele quisesse poderia ir fazer o trajeto e depois voltaria para pegá-lo. Ficou toda animada com a proposta e até já se entrevia a sós com o sujeito. Pois bem. Mal a caminhonete se afastou, ouviu ruídos no portão e notou que uma vizinha muito xereta se aproximava para verificar e apreciar o móvel que estava adquirindo.

Assim, mais uma vez seu desejo de ser bolinada pelo Miltão foi prejudicado. Ele notou a situação e resolveu que o quarto onde seria instalado o guarda-roupa seria o melhor local para trabalhar. Carregou as peças para o quarto e enquanto a vizinha permanecia na sala, bisbilhotando, sentiu a mão boba dele apalpando suas nádegas. Um calor subiu-lhe pelas pernas e estremeceu de desejo, de tesão.

Dona Amélia continuava sentada no sofá da sala, enquanto ela, meio escondida de suas vistas, no quarto, tentava acariciar a rolona do Miltão por cima da calça, ele fez menção de tirá-lo para fora, mas preocupou-se ao pensar o que aconteceria se a vizinha resolvesse verificar o que estava ocorrendo dentro do quarto. Teve que impedi-lo de fazer a exibição e retirou-se rapidamente, perguntando à indigesta se não ouvira o chamado de seu filho, que deveria estar procurando-a. Ela então se retirou e nova oportunidade surgiu.

O Miltão, logo que percebeu isso, a agarrou, beijou-lhe os lábios e ergueu a barra do vestido. Ficou toda molhada, a xoxota uma sopa de mel, tremula, abriu as coxas e entregou-se aos dedos dele apalpando sua racha.

O guarda-roupa estava pela metade, empurrou-a para a cama onde caiu de pernas abertas, desceu as calcinhas rendadas e meteu os lábios nela, começou a chupá-la como se fosse uma laranja, gemiam tanto que mal puderam perceber o ruído na porta da sala.

A porta do quarto estava trancada, de forma que a sogra achou meio esquisito o fato de ela se encontrar trancada dentro do quarto com um negão. Ao abrir a porta para recebê-la, logicamente estavam recompostos, embora seu rosto corado denunciasse a estranheza da situação. A sogra entregou o recado do filho, dizendo que ele traria um amigo para jantar naquela noite e que deveria preparar algum prato especial.

Agradeceu-lhe a informação, talvez preparasse um frango ao molho pardo, que ele apreciava muito e ela ficou observando o negão, suado, trabalhando novamente na montagem do guarda-roupa, enquanto assobiava uma antiga canção dos tempos de namoro.
Ela ainda ficou zanzando por ali e quando enfim se retirou já eram quatro e meia da tarde.

Rapidamente correu para o quarto onde o Miltão já a esperava exibindo uma jeba de tamanho exemplar, tão dura quanto seu braço!

Mandou-a ficar ajoelhada na beira da cama com a xoxota bem exposta e como estava sem as calcinhas, apreciou sua vagina, aberta para ele como uma boca apaixonada espera pelo beijo do amante. Segurou sua bunda e pincelou o cabeção para cima, para baixo, percorrendo toda a largura dela e fazendo-a sentir o quanto seria prazerosa a sensação de abrigá-lo na úmida fenda.

Mas antes disso, o telefone na sala tocou. Era um barulho estridente, insistente, que os fez sair do encanto com um solavanco assustado. Quase chorando de insatisfação, separou-se dele para atender ao telefone e não era outro senão o corno do marido. A sogra ligara para ele comunicando-lhe que ela havia comprado um novo guarda-roupas.

-Você comprou um novo guarda-roupas, Margarida?! Por quê?
-Porque o antigo era muito feio e pequeno, Rufino...
-Quanto você pagou? Onde conseguiu o dinheiro para comprar?

Ao ouvir que conversava com o marido, o Miltão se aproximou, estava tão tesudo que sua pissona pulsava fora da braguilha, a cabeçona marrom e lustrosa anunciando que não suportava mais tanta interrupção. Queria gozar de qualquer jeito! Ela segurou aquele caralho imenso com uma das mãos enquanto a outra mantinha o telefone no ouvido e a conversa inconveniente do marido justo naquele momento!

-O preço estava muito barato, Rufino! Vou pagar em dez prestações...
-E o que vamos fazer com o guarda-roupa velho? A casa é pequena... devia ter me consultado antes...

O Miltão empurrou-a para baixo até ficar ajoelhada e esfregou a cabeçona do pau em seus lábios, quase impedindo a conversa.
-Podemos colocá-lo naquele quartinho dos fundos...
Lambeu o cabeção, salgado, delicioso e deu uma chupada bem na ponta arredondada, uma gota de gosma lambuzou-lhe os lábios, um ruído molhado.
-O que você está fazendo, Margarida?
-Tomando meu Danone, Rufino...
-E a dieta...? Já abandonou novamente...?

Abriu mais a boca e o pintão entrou, a glande saliente encheu-lhe completamente a boca, teve que fazer esforço para responder.
-Só uma vez, Rufino... faz muito tempo que ...
-Minha mãe deu o recado? Vou levar um amigo pra jantar...prepare um bom prato...quanto ao guarda-roupa...

O Miltão se descontrolou, sua pissa entrou e saiu dos lábios, uma jorrada de porra e teve que engolir uma enorme esporrada! Até o telefone ficou todo babado de esperma!

Foi um sufoco para terminar a conversa:
-Não...não se preocupe, Rufino...estou cuidando de tudo...nossa...quanto...danone!
-Vou desligar, Margarida...tem freguês me esperando...

Desligou e o Miltão a puxou para o quarto novamente. Continuava como antes, duro e faminto para penetrar, ficou na posição novamente e enquanto sentia a ponta do cacete separando-lhe os lábios da boceta, o som da buzina no portão anunciava que o velho havia retornado das entregas e estava se aproximando.

Não foi dessa vez que conseguiu ser fodida pelo Miltão. Que inferno! Porém ele prometeu que viria no dia seguinte para terminar o serviço. “Tomara que consiga”, pensou pesarosa, masturbando-se no banheiro, depois que o Miltão se despediu com uma piscada.
Tem dias que dá (quase) tudo errado...

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