( Edivana)
Está calor aqui dentro, lentamente deslizo meus dedos pelos lábios, o
arrepio me consome o corpo, fecho os olhos em gozo profundo, imagino o
sabor de seus beijos, o arranhar de sua barba, o desejo de seus dedos.
Toco lentamente meus cílios, uma leve carícia que estimula meus sentidos
mais secretos, as unhas contornam lentamente meu nariz, mordo o lábio
superior, quase sinto seu sussurro em minha nuca, o aperto de seu cinto
em minhas nádegas, sua mão pesada espancando minhas coxas. Lambo os
lábios numa tentativa de reviver seu sabor, as minhas mãos solitárias
consomem meu corpo em desespero, toco-me leve e suavemente, despertando
meus desejos, arrepiando meus pelos, suspirando docemente, trazendo com
mãos úmidas, sua vazia e dolorosa ausência.